jueves, 9 de junio de 2011

O TEMPO NAO PÁRA


E O TEMPO NAO PÁRA


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Disparo contra o sol


Sou forte, sou por acaso


Minha metralhadora cheia de mágoas


Eu sou um cara


Cansado de correr


Na direção contrária


Sem pódio de chegada ou beijo de namorada


Eu sou mais um cara

Mas se você achar


Que eu tô derrotado


Saiba que ainda estão rolando os dados


Porque o tempo, o tempo não pára

Dias sim, dias não


Eu vou sobrevivendo sem um arranhão


Da caridade de quem me detesta

A tua piscina tá cheia de ratos


Tuas idéias não correspondem aos fatos


O tempo não pára

Eu vejo o futuro repetir o passado


Eu vejo um museu de grandes novidades


O tempo não pára


Não pára, não, não pára

Eu não tenho data pra comemorar


Às vezes os meus dias são de par em par


Procurando uma agulha num palheiro

Nas noites de frio é melhor nem nascer


Nas de calor, se escolhe: é matar ou morrer


E assim nos tornamos brasileiros


Te chamam de ladrão, de bicha, maconheiro


Transformam o país inteiro num puteiro


Pois assim se ganha mais dinheiro

A tua piscina tá cheia de ratos


Tuas idéias não correspondem aos fatos


O tempo não pára

Eu vejo o futuro repetir o passado


Eu vejo um museu de grandes novidades


O tempo não pára


Não pára, não, não pára

Dias sim, dias não


Eu vou sobrevivendo sem um arranhão


Da caridade de quem me detesta

A tua piscina tá cheia de ratos


Tuas idéias não correspondem aos fatos


O tempo não pára

Eu vejo o futuro repetir o passado


Eu vejo um museu de grandes novidades


O tempo não pára


Não pára, não, não pára

“Cazuza”

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